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Não espere alguma dose de romance, camaradagem, compaixão, piedade ou um pouco de ar fresco. Como diz o próprio autor, "sob o céu, está o inferno. Sob o inferno, a Penitenciária de Furnace". Essa é a premissa do livro, que conta a história da prisão de Alex, após alguns furtos e uma armação para ele e o ex-melhor amigo, que é assassinado e agora ele tem que pagar pelo crime - que não cometeu.
Em Encarcerados quase não se nota a presença no sol nas primeiras páginas, até onde se tem a oportunidade. Há inclusive a ausência de personagens femininas, que poderiam dar uma graça a mais à história. E nem precisa, o terror por si só basta na obra de Alexander Gordon Smith.
Fora os erros de revisão da editora (infelizmente são muitos do mesmo tipo), a leitura é fantástica e a história se desenrola de maneira tranquila na medida do possível. Antes de começar a ler tive, lá no fundo, a sensação de que o livro poderia se tornar chato por ter apenas um cenário, mas se já fizeram filme com um cara dentro de um caixão por duas horas, o que é uma série com uma prisão inteira para se explorar?
Não que haja muitas oportunidades em Furnace. Alex, Donovan, seu parceiro de cela, e Zê, com mais alguns "aliados" dentro da prisão, se metem em situações que até Deus duvidaria. A prisão contém guardas mutantes, demônios e assassinos a sangue frio - o que dá essa cara de carnificina ao livro em quase todos os capítulos. E é desse ambiente hostil que Alex e seus "amigos" vão tentar fugir, mas até o impossível tende a acontecer.
É com certeza o melhor início de série que li em 2014. Aventura acima da dose, terror acima da dose, claustrofobia, suspense... são muitas coisas que fazem com que Encarcerados seja um livro sombrio e fantástico ao mesmo tempo, onde a cada capítulo se tem vontade de continuar mais até que a história esteja concluída.
Título: Encarcerados: Fuga de Furnace
ISBN: 9788564065239
Editora: Benvirá
Páginas: 296
Ano: 2012
Avaliação: 5/5.
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